Hoje o Awen não veio a mim para escrever, mas me sinto na responsabilidade de escrever sobre este momento da natureza tão importante chamado de tantos nomes diferentes, mas que em suma representa um momento importante também de nossas almas...
...é a morte do Sol para o império da Escuridão e do Frio ...
Isto acontece a cada ciclo de um ano na Natureza, nas festividades pagãs, por isso é visto com o ano novo, em que uma luz some, para que as sementes hibernem durante um período, e quando a cetelha luminosa do sol retorna no festival seguinte elas possam começar a germinar, procurar sua luz, lá embaixo da terra, iniciano seu ciclo de crescimento e recobrando suas energias, para que no final do frio, na primavera, sua energia exploda em mil cores e aromas, mostrando o resultado de todo o secreto processo alquímico que o inverna guarda em suas entranhas...
... Quando as coisas morrem elas não somem, somente se transformam, mudam de forma ...
Muitas vezes este processo acontece em nossas vidas, em momentos que precisamos nos retirar para o aconchego de nosso iterior, reorganizar as coisas, fechar as portas para o que é de fora, e avaliar, valorizar, e limpar o que esta dentro. É ali que as coisas realmente mudam, que a semente semeada e a tanto recolhida embaixo da terra começa e se desenvolver, para que no momento oportuno possa brotar com toda a sua força. Esse movimento é o reflexo da natureza em nós, em nossa psique, é o macro operando no micro, e vice-versa...
O Universo é um só, o movimento é conjunto, nada flui sem a correnteza em que esta imergido. E sses somos nós dentro do fluxo do grande mar que é o Universo, somos mais um movimento, e mais uma particula de energia, mas que sem esta o fluxo não seria o mesmo, o ritmo não seria igual, e outro movimento, outra particula do mesmo oceano não poderia começar, pois onde começa um termina outro e se um não existe o seguinte não terá razão de existir também...
Se todas as partes decidissem sumir, não haveria oceano, mas um vazio, um buraco seco, sem vida, sem nada...
Outra característica mais mística deste período, como os antigos em várias tradições diziam, é que por se tratar de uma festividade aos mortos, aos ancestrais, a "pelicula" entre os mundos está mais fina, tênue, e portanto os seres do outro lado visitariam com mais facilidade a nossa realidade...
Enfim, nosso passado, nossa ancestralidade vem ao nosso encontro e esse contato nos faz refletir, processar, pensar, sentir e transformar cada pedaço nosso, para depois, quando o momento for oportuno para nós, possamos expressar e agir de acordo com a nossa nova mudança...
Bom , eu disse que não havia me inspirado, mas acho que encotrei o Awen dentro de mim, sem querer, enquanto escrevia. Talvez por isto tenha me perdido um pouco no tema, mas o básico esta ai vou passar alguns sites sobre este momento que passamos anualmente de forma externa ( na natureza) e indefinidamente de maneira interna (em nos mesmos em nosso dia-a-dia).
Pois é assim mesmo, nos acabamos indo de encontro ao Awen, mesmo que não percebamos... (risos)
Agradeço a sua visita, Blessed Be !
... sites:
AWEN !
